O Sangue dos Outros

"E aquela voz de fogo, aquela voz sem vida, o ar opaco existiam desde o despertar dos tempos por toda a eternidade. Hélène tinha-se tornado eterna; o sangue secara em suas veias; estava ali sem recordações, sem desejos, para sempre.

As pessoas haviam perdido pelas estradas os seus automóveis, seus armários, seus cães, seus filhos;
ELA HAVIA PERDIDO A SI MESMA."

"Ela abriu os olhos; ele a tomou nos braços. Aqueles olhos abertos que já não enxergavam mais! Algo permanece que ainda não está ausente de si mesmo mas sim ausente da terra, ausente de mim. Ela respira ainda uma vez - seus olhos se embaçam - o mundo se desprende dela, desmorona-se; ela, contudo, não desliza para fora do mundo; é no seio do mundo que ela se torna esta morta que tenho nos meus braços.
Rosto amado, corpo amado. Era sua testa, eram meus lábios. Você me deixou mas eu ainda posso amar a sua AUSÊNCIA."

- O sangue dos outros - Simone de Beauvoir

Welcome back!

"I saw you standing on the connor
You look so pretty and fun
I really want to go out with you
So when you smile
I lay my heart on the line"

X-Offender - Blondie

Ai, Debbie Harry. Minha paixão adquirida. Sabe que ela tem 62 anos, perto da idade do Iggy e do Bowie. E com as mesmas roupas pretas, o cabelo curto, as pequenas esticadinhas no rosto e o bom e velho rock'n roll na mente...continua a mesma, com a mesma voz (i mean, UNBELIEVABLE!) e com o mesmo ritmo. I just love feeling like i'm in the seventies!

E a viagem foi ótima. E eu comprei bastante coisa e bastante presentes também. E senti tantas coisas que não consegui sentar e descrevê-las ainda. Só sei que me senti onde eu queria estar. Tudo o que eu sempre desejei era conhecê-la, e agora tenho certeza que o que quero não é uma idealização. Quer dizer, talvez ainda seja. But at least the city is so like me.

E o ritmo continua. Preciso rever muitas pessoas ainda.

Goodbye fellows!

Cheers do London!

"A sociedade inventa uma lógica espiritual para absorver e mudar as pessoas que tem comportamentos fora do seu próprio modelo. Supondo que eu saiba todos os prós e contras, sabendo que eu vou ter uma vida curta, tenho consciência do que faço, etc, etc, e ainda assim quero usar heroína. Eles não te deixam fazê-lo. Eles não vão deixar porque é um sinal da sua própria falha. O fato de que você simplesmente vai recusar escolher o que eles tem para oferecer. 'Nos escolha'. 'Escolha sua vida'. Escolha pagar impostos, escolha máquinas de lavar, escolha carros, escolha ficar sentado em um sofá vendo programas entorpecedores e moralistas, botando aquelas porras de junk food na sua boca. Escolha apodrecer, mijando e cagando em casa, uma total porra de vergonha para os egoístas e fudidos filhos que você produziu. 'Escolha vida'."

Trainspotting Book.

Esse livro é genial. Deveria vender mais cópias do que a Bíblia. (como diz o encarte)
Aliás, é o livro dos junkies trashs. hahaha

E agora, com cabelo 'bagunçado', vou encarar a segunda vida do primeiro mundo, lá na Grã-Bretanha, pra ver o que inspirou britânicos como Irvine Welsh a escreverem livros como esse. Ah, e também vou ver o London Eye e o Hyde Park. E um show do Blondie.

Au Revoir!

PS: vale muito a pena ler esse trecho do livro que eu pus. Esse recado é para os espertinhos preguiçosos que quando vêem que tem uma parte do post enorme, preferem não ler!

Eu demorei...

"Eu demorei a acordar.
Eu demorei a dormir.
Eu demorei a levantar de tombos dados.
Eu demorei a enxergar oportunidades.
Eu demorei a caminhar nos parques.
Eu demorei a voltar.
Eu demorei a enxergar os valores humanos.
Eu demorei a apreciar a simplicidade.
Eu demorei a ajudar um velho a atravessar a rua.
Eu demorei a sorrir para uma criança.
Eu demorei a perceber a verdadeira beleza das coisas.
Eu demorei a fazer amigos.
Eu demorei a opinar.
Eu demorei a respeitar.
Eu demorei a entender o mundo.
Eu demorei a aprender, a crescer.
Demorei a existir.
Eu demorei a crer em mim e nas pessoas.
Eu demorei a pedir desculpas.
Eu demorei a escutar.
Eu demorei a acreditar nas minhas próprias palavras, enquanto elas perdiam o sentido com o passar do tempo.
Muito tempo se passou e eu continuo atrasando os momentos de minha vida, enquanto vejo ela passar por mim.
Talvez se dissesse agora o que tenho a dizer, sentiria pelo menos um último sentimento de glória e felicidade.
Pois agora digo, e não demorarei mais a dizer; nem um minuto, nem um segundo. Assim, aqui, agora.

(fale aqui)."

Estou num momento de extremo entorpecimento. O único momento do dia que ri foi quando vi um filme que a protagonista trepava com o Homer Simpson. Aquilo realmente foi engraçado.

Simpsons - o Filme

Sick, Sick, Sick

Eu aqui, com as mãos engorduradas de batata, bebendo cerveja e ouvindo Blondie ás 1:22 am.

E exatamente agora eu volto a pensar nas coisas que eu ainda não fiz. Cansei de me cobrar dessa maneira até nas minhas férias (!), vou fazer o que der na telha.
Tantos filmes que eu gostaria de ver.
Tantas pessoas que eu queria rever.
Tantos momentos que eu queria passar.
Tantos livros eu gostaria de ler.
Quantas cervejas...errr

A razão de tudo isso é que continuo sendo uma preguiçosa e muitas dessas coisas eu não faço, e não é por falta de tempo. É simplesmente...preguiça. Sou enrolada, fazer o que! E me cobro muito por causa disso...pois penso que não deveria. Vou fazer o possível quando realmente preciso e quero. Não idealizar qualquer comportamento posterior.

E revi o trailer mais trash dos últimos tempos. E se juntar com a música mais suja e berrante, mas extremamente excitante, dá origem ao clipe do "Sick" do Queens of the Stone Age. Liberação total do Tarantino, e as drogas dominando a cena.

Encerro minha noite com essa. E com uma boa cerveja do lado. Cheers!

http://youtube.com/watch?v=_cieu0z7Q7s - confiram, genius! Clipe da música "Sick"